quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Prêmio Mulher Guerreira

Prêmio Mulher Guerreira Maria Felipa reconhece luta de 45 negras baianas

A heróína negra Maria Felipa, que liderou o enfrentamento a soldados portugueses tendo armas apenas galhos de cansanção, na Ilha de Itaparica, nas lutas pela independência da Bahia, foi lembrada em sessão especial da Câmara Municipal de Salvador, na terça-feira (dia 28) à noite requerida pela vereadora Eron Vasconcelos (DEM), presidente da Comissão de Direitos da Mulher, a sessão pelo Dia Municipal da Mulher Negra teve como ponto alto as 45 baianas negras, que receberam o Prêmio Mulher Guerreira Maria Felipa.

A heróína negra Maria Felipa, que liderou o enfrentamento a soldados portugueses tendo armas apenas galhos de cansanção, na Ilha de Itaparica, nas lutas pela independência da Bahia, foi lembrada em sessão especial da Câmara Municipal de Salvador, na terça-feira (dia 28) à noite requerida pela vereadora Eron Vasconcelos (DEM), presidente da Comissão de Direitos da Mulher, a sessão pelo Dia Municipal da Mulher Negra teve como ponto alto as 45 baianas negras, que receberam o Prêmio Mulher Guerreira Maria Felipa.

Um diferencial do evento foi a organização conjunta, com o envolvimento das seis vereadoras, independentemente do partido. Além de Eron e Vânia, compuseram a Mesa e entregaram o prêmioas vereadoras Marta Rodrigues (PT), vice-presidente da comissão da mulher, Olívia Santana, do PC do B e Andréia Mendonça do DEM. Presentes ainda o secretário municpal da reparação Ailton Ferreira, a deputada estadual Fátima Nunes (PT) e a professora Eny Kleyde Vasconcelos Farias, diretora do Centro de Estudos e Pós-Graduiação das Faculdades Integradas Olga Mettig, palestrante da sessão.
Pesquisadora nas áreas de cidadania, prevenção da violência, educação patrimonial e interpretação do patrimônio, Eny Farias classificou maria Felipa como “heroína da resistência”, que só agora, quase dois séculos depois, teve reconhecida sua participação nas lutas pela Independência da Bahia.

A presidente da Comissão da Mulher, Eron Vasconcelos, também ressaltou a importância de maria Felipa, heroína ignorada pelos livros de história por ser negra e de origem humilde. Vânia Galvão frisou que homenagear as mulheres negras era uma forma de reconhecer a contribbuição delas para o desenvolvimento de Salvador: “Essas Mulheres usaram a adversidade como semente, resistiram a todas as formas de opressão”.
Marta Rodrigues lembrou que a sessão marcava também o dia da Mulher Negra Lartino-Americana e Caribenha. Para Aladilce Souza, sessões como a que homenageou as mulheres negras, com o Plenário Cosme de Farias completamente lotado, qualificam o Legislativo municipal.

Olívia Santana, militante do movimento negro, se emocionou ao usar a atribuna para celebrar a memória da heroína baiana: “Um marco na história do Legislativo municipal”. Andréia Mendonça falou do orgulho de homenagear mulheres que contribuíram para a resistência do povo negro e Ailton Ferreira parabenizou a Câmara pela iniciativa. A banda A Mulherada se apresentou, acompanhada pelas cantoras Nadjane (do Olodum), Rose e Luíza Passos.

Web Site PMS: http://www.pms.ba.gov.br

Retirado do site da prefeitura:
http://www.secri.salvador.ba.gov.br/index.php?option=com_content&task=view&id=444&Itemid=9, no dia 12 de novembro de 2009.

3 comentários:

  1. É necessário que os negros baianos busquem mais informações sobre os seus antecessores e a sua contribuição para a formação do nosso Estado.

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  2. Sou estudante de design de moda, e estou pesquisando sobre está guerreira. Ela é inspiração para desenvolver looks de coleção de moda. O objetivo é criar produtos com características da cultura baiana. Entender e conhecer a nossa história nos remete a uma valorização com traços originais das nossas raízes. É uma forma de contribuir para o fortalecimento do nosso Estado. O desejo é que as pessoas cubram-se de História.

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  3. Sou Enilda Suzart, baiana, formada em História. Minha mãe era do Recôncavo. Residente em São Paulo sei que o racismo acadêmico é tão forte que ainda esconde suas principais personalidades, como é o caso de Maria Felipa. Só em 2014, tomei conhecimento da sua saga e poder de liderança. Um salve à tod@s que trabalham em prol do resgate étnico e social no Brasil!

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