quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Afro Imagem: a heroína Maria Felipa



Afro Imagem: a heroína Maria Felipa
•Cleidiana Ramos
•07.01.09
•Afro Imagem, 2 de julho, Independência da Bahia, Maria Felipa, Semur
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A imagem de hoje é uma ilustração que retrata Maria Felipa de autoria de Bruno Aziz. Ela foi feita para o caderno especial A Festa da Bahia que sai encartado na edição de amanhã do jornal A TARDE.
O caderno traz matérias mostrando como a festa está presente no imaginário baiano e também tem dicas pedagógicas para o uso em sala de aula. Um dos textos é sobre a participação feminina na guerra mostrando não apenas as figuras conhecidas de Joana Angélica e Maria Quitéria.

Assinado pela repórter Amélia Vieira, o texto dá destaque à líder Maria Felipa, cuja história começa a ser resgatada. Maria Felipa é conhecida por liderar um grupo de mulheres na Ilha de Itaparica. Elas combateram os portugueses utilizando, principalmente, a inteligência como estratégia.

A heroína,inclusive, dá nome a uma comenda distribuída pela Semur.

COMENTÁRIO do Secretário Municipal da Reparação da cidade de Salvador, Ailton Ferreira:


Cara Cleidiana,
no cortejo do Dois de Julho, a Secretaria da Reparação de Salvador apoiou e participou de uma ala formada em sua maioria por mulheres do Curuzu, Liberdade, em homenagem à lider negra da Independência, Maria Filipa. Foram mais de duzentas pessoas dentro do cortejo cívico liderado pelos Caboclos. Em outra ala da caminhada, uma atriz negra dos quadros da SEMUR, ladeada por figurinos negros, representava a heroína negra de Itaparica. Mais sobre Maria Filipa podemos encontrar no Conselho da Comunidade Negra – CDCN, pois quando fui o seu presidente, realizamos seminários sobre a vida de Maria Filipa, no CDCN e na Irmandade dos Pretos e Pretas do Rosário, com o apoio das Faculdades Olga Mettig, cuja cadeira de Patrimônio Cultural coordenava uma pesquisa sobre o assunto, trazendo os familiares da nossa heroína para conversar conosco em Salvador . Infelizmente, vozes do racismo insistem em dizer que estamos inventando heróis de mentira. Vamos registrar tudo direitinho para que no futuro não digam que inventamos um Vovô do Ilê, uma Alaíde do Feijão, uma Makota Valdina, um Ubiratan Castrto e por aí. Registre-se, portanto.
No Curuzú, tem uma Associação bem em frente à Senzala do Barro Preto, que cuida da memória de Maria Filipa. Recentemente participamos da entrega de diplomas a 40 mulheres negras que realizam trabalho comunitário naquele bairro. O diploma tem nome: Maria Filipa, aliás, o mesmo nome da Associação em referência.
Ailton Ferreira, secretário da Reparação de Salvador


Retirado do site
Mundo Afro do jornal ATARDE.

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